Como mãe, dificilmente consigo imaginar maior aflição, ou maior dor, do que a deixar de saber o paradeiro dos meus filhos.
Uma doença grave ou a morte de um filho são, certamente, acontecimentos devastadores, mas, o facto de poder estar ao seu lado e/ou poder chorá-los e fazer o luto, tornam-os menos terríveis do que não saber se estão doentes ou com saúde, se são bem ou mal tratados, se estão vivos ou mortos.
A dor da perda aliada à ansiedade que, inevitavelmente, a esperança do reencontro provoca, transforma, penso eu, o desaparecimento de um filho no acontecimento mais terrífico que uma mãe, ou um pai, pode viver.
O Natal aproxima-se a passos largos. Os pais cujos filhos se encontram
desaparecidos sentem-se, se possível for, ainda pior nestas datas
festivas.
As polícias, as famílias e os amigos e conhecidos têm vindo a fazer
todos os esforços e a utilizar todas as suas capacidade para tentar localizar
essas crianças ou jovens desaparecidos, mas, até agora, sem resultados positivos.
Criar este blog correspondeu à necessidade, que senti, de criar um grupo de Força, que se Una por causas comuns.
Se, até agora, nem as polícias, nem os familiares, amigos e conhecidos conseguiram obter resultados, mesmo utilizando instrumentos e conhecimentos que não se encontram ao alcance de qualquer um, provavelmente, é porque a solução não se conseguirá, nos tempos mais próximos, apenas, por essa via.
Assim, para que estes pais e filhos, com especial relevo para o Rui Pedro e a família, possam ter, finalmente, um verdadeiro Natal em Paz, venho convidá-lo/a a participar, durante os próximos 15 dias, numa Vigília pelas crianças desaparecidas, particularmente pelo Rui Pedro e pela sua incansável mãe que, passados tantos anos, ainda continua a sua busca ativa pelo filho.
Quando digo Vigília, não estou a pedir que passe a noite sem dormir, mas, sim, que durante os próximos 15 dias, especialmente ao meio-dia e/ou à meia noite, se lembre das crianças desaparecidas, particularmente do Rui Pedro, e, de acordo com a sua religião, crenças, filosofia de vida, reze, envie bons pensamentos, energia positiva, acenda uma vela, ou qualquer outra coisa que seja, para si, significativa.
Rui Pedro - 1998 |
"O desaparecimento, do Rui Pedro, deu-se no dia 4 de Março
de 1998. O Rui Pedro, depois do almoço, pegou na sua bicicleta e, por
volta das 14 horas, passou no escritório da mãe, o qual fica mesmo em
frente a sua casa, pedindo-lhe autorização para sair de
carro com um "amigo" chamado Afonso, de 22 anos de idade. A mãe recusou
o pedido e disse-lhe para ir brincar com a sua bicicleta para um
terreno baldio mesmo atrás do seu escritório." (relato do tio)
Desde então, o Rui Pedro nunca mais foi visto pela família ou amigos, apesar da intervenção da polícia, de todas as buscas, de todas as campanhas.
A mãe do Rui Pedro, a qual apenas conheço através dos meios de comunicação, tem-se mantido incansável e irredutível, sem nunca ter baixado os braços.
Rui Pedro -Projeções fotográficas de como se poderá ter modificado e ser hoje |
Penso que esta é uma Causa que nos toca, especialmente àqueles que também são pais, por essa razão Conto consigo.
Agradeço que, quem quiser participar nesta Causa, confirme a sua participação clicando no sim, na Caixa de Sondagem, no topo da barra lateral, onde se lê - Confirmo a minha participação na Vigília pelo Rui Pedro e todas as crianças desaparecidas.
Vamos ver quantos seremos.....
União & Força |
Luz |
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